30 de março de 2008

Reportagem Correio do Povo 29/03

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SÁBADO, 29 DE MARÇO DE 2008

O fazer da inclusão

A Rede Municipal de Ensino de Porto Alegre (RME) aposta em uma Educação que produza singularidades em uma rede de diferenças. Acredita que não existe somente um modo de inclusão, por isso, desenvolve inúmeras estratégias e atua em variados espaços para que os processos de inclusão se efetivem. Ações em Educação Infantil, Fundamental, Especial e EJA, além de programas específicos e formação docente, são construídas e dinamizadas pela RME.Em Educação Infantil, o serviço de Educação Precoce e Psicopedagogia Inicial presta atendimento às crianças e assessoria às instituições, em caráter preventivo e visando qualificar processos inclusivos. No Ensino Fundamental, as Salas de Integração e Recursos (SIR) servem à investigação pedagógica, atendimento às necessidades específicas, acompanhamento às estagiárias de inclusão e interface com especialistas da área da Saúde. São 18 salas (3 delas para alunos cegos ou com baixa visão).Em EJA – Educação de Jovens e Adultos –, há cursos, fomento à pesquisa, publicações próprias, discussão e flexibilização do currículo a partir do perfil desses alunos. Já a manutenção das Escolas Especiais justifica-se, por também constituírem espaços educacionais inclusivos, podendo ser transitórios ou não na vida dos alunos. Essas escolas estruturam-se por Ciclos de Formação, com currículo que contempla as diferentes áreas de conhecimento, promovendo, assim, autonomia e inserção social, cultural e no mundo do trabalho. É importante pontuar que essas escolas atendem alunos com prejuízo cognitivo significativo, alunos estes que, anos atrás, repetiriam um modelo histórico de confinamento e exclusão, sem a oportunidade de usufruir do espaço escolar especializado e qualificado.No Programa de Trabalho Educativo, alunos são encaminhados a estágios remunerados e, com parcerias, são abertas vagas em cursos profissionalizantes. No Projeto de Estágio, são 110 vagas para atividade remunerada a alunos de Pedagogia, que apóiam professores em turmas. Voltados a surdos, existem espaços para o ensino de Libras como primeira língua; e foi inaugurada a Emef Bilíngüe de Surdos Salomão Watnick. Já a Formação de Professores ocorre em estudos e cursos que propiciam discussão e aprofundamento acerca da Educação inclusiva.Do total de alunos da RME, atualmente 7,5% têm necessidades especiais. A Smed, dessa forma, busca viabilizar recursos de acessibilidade que atendam às necessidades específicas e, com esse trabalho, construir espaços de efetiva aprendizagem a todos.
Viviane Loss / diretora do Território de Educação Especial na Smed

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