15.03.2008
Nas próximas duas semanas, parentes e amigos de pessoas que têm síndrome de Down começam uma campanha em todo o Brasil pela inclusão social e o fim do preconceito.
Não faz muito tempo, cena como essa seria quase impossível: uma escola pública regular, uma aluna com síndrome de Down. Olhinhos atentos e dedinhos rápidos quando ela mostra quantos anos tem.
“A tia passa o trabalho e ela acaba primeiro que a gente”, conta o colega Victor Alex dos Santos.
A síndrome de Down acontece na concepção. Ao invés de 46 cromossomos, a nova vida começa com 47. Este um a mais provoca mudanças físicas e, em muitos casos, problemas cardíacos. Mas a medicina moderna está atenta aos tratamentos. O que ainda precisa evoluir é a maneira como enxergamos essas diferenças.
“Nada impede de fazer qualquer coisa que qualquer outra criança possa fazer respeitando o tempo dela. Ela tem um tempo diferente, como todos temos tempos diferentes”, explica o geneticista Juan Llerena.
A amiguinha de Rachel tem uma explicação.
“Os outros quando falam, eles não pensam. Ela pensa e, por isso, demora tanto pra falar”, diz a colega.
A mãe pensa no futuro.
“Que ela estude agora, que ela cresça, que ela vai trabalhar e que ela tenha uma vida autônoma, que seja uma pessoa produtiva”, espera a mãe.
“Sonhe alto o bastante”, disse o médico John Down há 142 anos quando publicou o primeiro estudo científico sobre a síndrome de Down. De lá pra cá, os sonhos com o fim da exclusão social não deixaram de crescer.
Hoje, uma outra Rachel sabe exatamente o que significa não precisar mais sonhar. Tudo que ela idealizou já aconteceu. Há cinco anos é recepcionista de uma clínica.
“Ela é muita carinhosa, quando ela chega abraça todos os funcionários”, conta uma colega de trabalho.
Rachel conta que é muito feliz e diz o porquê.
“Porque eu sou muito importante pra mim”, define.
VEJA O VÍDEO NO LINK ABAIXO:
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM803480-7823-CAMPANHA+PELA+INCLUSAO+SOCIAL+DE+PORTADORES+DE+DOWN,00.html
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