15 de dezembro de 2007

Paim comemora avanço da luta pelos direitos das pessoas com deficiência


Ao se pronunciar na parte da sessão desta terça-feira (11) destinada a homenagear a 3ª Semana de Valorização da Pessoa com Deficiência, o senador Paulo Paim (PT-RS) comemorou o fato de mais e mais pessoas estarem lutando pelos direitos dessa parcela da população. - Ano após ano, mais pessoas estão lutando pelos direitos das pessoas com deficiência, o que mostra que estamos no caminho certo - afirmou Paim. O parlamentar, que preside a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa no Senado, afirmou que a principal meta do Congresso Nacional passou a ser a aprovação da Convenção Internacional para Pessoas com Deficiência. O estatuto que define os direitos dessa camada da população deve continuar sendo debatido, para ser aprovado no momento apropriado. - Só isso [o debate] já é um gol de placa - disse. Em seu pronunciamento, Paim cumprimentou o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que, na Presidência do Senado, foi o responsável pela realização das três semanas de valorização da pessoa com deficiência. Também homenageou o senador Flávio Arns (PT-PR), que está hospitalizado, que disse ser seu "guru e orientador" nessa matéria. Paim também pediu aplausos ao senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que presidiu a Subcomissão da Pessoa com Deficiência, e a funcionária Mônica de Araújo Freitas. Além desses, citou o pianista João Carlos Martins e o ator Marcos Frota, presentes em Plenário, e o cantor Ney Matogrosso. O senador encerrou seu discurso com um poema de Mário Quintana, que diz: "Deficiente é aquele que não consegue entender o sentido da vida".

Fonte: Agência Senado
14 dez 2007

14 de dezembro de 2007

ELYSEU EM CENA






A Escola Especial Elyseu Paglioli tem a honra de convidar toda a comunidade escolar, assim como seus amigos e parceiros para a sua grande festa de encerramento do ano de 2007.


Este é o 5º Elyseu em Cena, um evento que envolve alunos e professores da escola em um espetáculo de música, teatro e multimídia, e que este ano chama-se BAILANTES.




Dia 17 de Dezembro, ás 14.30 horas, no Teatro de Câmara.




Não percam!




Aguardamos todos lá.

12 de dezembro de 2007

Apresentação da professora Doris na Câmara Municipal

Trabalho de Educação Precoce e Psicopedagogia Inicial nas Escolas Municipais Especiais de Porto Alegre - SMED

O trabalho de Educação Precoce e Psicopedagogia Inicial não estão contemplados nas diretrizes do MEC.
Vamos esclarecer a importância deste trabalho para as crianças do 0 a 6 anos com transtornos em seu desenvolvimento, bem como para os que as acolhem em creches e escolas infantis
A Educação Precoce foi criada há 17 anos pelos professores das escolas especiais a fim de promover uma prevenção secundária para que estas crianças não viessem a precisar da Escola Especial e se precisassem, estariam, certamente bem melhor em seu desenvolvimento.
Este trabalho intervém em dois eixos extremamente importantes:
1) EP e PI como modalidades de atendimento
2) Assessoria as Creches conveniadas e Escolas Infantis da SMED – em POA

1º Modalidade de atendimento, que intervém no brincar e em todos os aspectos do desenvolvimento da criança juntamente a quem desempenha a filiação, promovendo a inclusão no laço familiar e cultural, mudando o olhar e a própria estruturação destas. Promove então que venha se desenvolver o melhor possível, respeitando a subjetividade, cronologia e mítica da cada um. Isto remete que são atendimentos com olhar clínico e efeito educacional.
EP para 0 – 3 anos
PI para 3 – 6 anos

2º Modalidade de Assessoria as Creches e Escolas Infantis na SMED, em POA:
Criada para que a inclusão se dê de fato, na educação infantil promovendo a interdisciplinaridade.
Crianças atendidas na EP/PI, promovem que os profissionais destas assessorem as creches e escolas infantis de forma que promovam:

*Interconsultas com os educadores;
*Formação teórica para educadores;
*Observações das crianças nas EMEIS, devolução e planejamento conjuntamente para efeito coletivo no planejamento da escola infantil;
*Abertura para professores e educadores observarem um atendimento EP/PI a fim de se notar a diferença e as questões específicas da criança incluída.


A Modalidade de assessoria EP/PI às crianças da escola infantil que estejam com alguma questão na relação com educador ou encaminhamentos afins.
O importante é contemplar os atendimentos EP/PI que são diferentes, são individualizados ou em duplas, o qual promovem que a criança se sustente no espaço infantil escolar e vice-verso, promovendo a estes a interdisciplinaridade e prevenindo, secundariamente, os transtornos e fazendo de fato a inclusão escolar

Esperamos que o MEC reconheça este trabalho e o inclua como ponta emergente para a prevenção do inchaço escolar na Escola Especial e na minimização das diferenças desta clientela de 0 a 6 anos com transtorno de desenvolvimento

11 de dezembro de 2007

RS debate e faz propostas para a Educação Básica

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEGUNDA-FEIRA, 10 DE DEZEMBRO DE 2007

Conferência Estadual busca ajustes e qualificação

Maria José Vasconcelos


Gestão e financiamento da Educação, metodologia de Ensino, formação continuada de professores e de funcionários de escola, currículo escolar, avaliação e inclusão foram temas abordados na Conferência Estadual da Educação Básica do RS, realizada no final da última semana, na Ulbra/Canoas. O debate, que reuniu cerca de 400 gestores, integrantes de entidades e trabalhadores em Educação (com 13 segmentos representados, entre os quais Cpers, Sinpro, ACPM, CEEd e Uges), resultou na elaboração de propostas. Esse material, organizado num documento, será enviado à comissão organizadora da Conferência Nacional da Educação Básica (Coneb, que ocorre em abril/2008).A presidente da entidade de dirigentes municipais de Ensino (Undime/RS) e integrante da coordenação da Conferência Estadual da Educação Básica, Magela Formiga, explica que, a partir de 3 de janeiro de 2008, a comissão de sistematização, da qual integra, organizará o documento final, com as propostas do RS visando à melhoria dos ensinos, do Infantil ao Médio. Segundo ela, até o final de janeiro, a comissão organizadora da Coneb receberá os resultados das 27 conferências dos estados, visando levar a debate os encaminhamentos que apontarão as mudanças, que foram avaliadas como necessárias à Educação Básica brasileira. Para participar da Coneb, em Brasília, Magela revela que foram escolhidos 31 delegados gaúchos.

INCLUSÃO - UFRGS

O Núcleo de Estudos em Políticas de Inclusão Escolar da Faculdade de Educação da Ufrgs recebe, até 5/1, inscrições para curso de especialização em Educação Especial e Processos Inclusivos. São oferecidas 50 vagas.

Contato: (51) 3308-3270
ou

www.ufrgs.br/faced/pos.

Escolas especiais temem fechar

CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 11 DE DEZEMBRO DE 2007

Um encontro direto com o ministro da Educação, Fernando Haddad, será buscado para debater o problema das escolas especiais no país. A decisão resultou da audiência pública, realizada neste mês, pelas comissões de Educação (Cece) e de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e Segurança (Cedecondh) da Câmara de Vereadores. Com participação de entidades ligadas às escolas, representantes das secretarias estadual (SEC) e municipal da Educação (Smed) e da Ufrgs, esteve em pauta a continuidade das escolas especiais como espaço de inclusão.Uma das principais preocupações da comunidade escolar se refere a forma como o Ministério da Educação (MEC) pretende promover a inclusão de crianças e adolescentes com necessidades especiais. Em outubro, o MEC voltou a apontar para mudanças na atual sistemática. A Secretaria de Educação Especial (Seesp/MEC) formatou o documento 'Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva' e estabeleceu prazo para o envio de sugestões. Mesmo que o material não tenha força de lei, educadores e pais que defendem a manutenção das escolas especiais acreditam que funcionará como diretriz, numa tentativa do MEC de começar um processo de inclusão de todos os alunos na rede regular.A possibilidade teria ficado evidente na parte do documento que estabelece que as escolas especiais existentes se transformem em centros especiais de atendimento; e que não sejam criadas novas instituições. No início de 2006, o MEC já havia tentado alterar a forma de oferta do Ensino Especial, enviando proposta ao Conselho Nacional de Educação (CNE), onde foi rejeitada.

9 de dezembro de 2007

Modelo com doença similar ao autismo se destaca no'America's next top model


Heather Kuzmich tem a desordem neurológica conhecida como síndrome de Asperger. Ela é socialmente desajeitada, tem problemas para olhar olho no olho quando fala com alguém e às vezes é alvo das piadas das pessoas que moram com ela. Mas o que faz com que Kuzmich, de 21 anos, seja diferente dos outros portadores de Asperger é o fato de que seu esforço para conviver com a doença esteja sendo exibido em cadeia nacional nos EUA nas últimas 11 semanas. Ela é uma das 13 jovens selecionadas pela supermodelo Tyra Banks para competir no popular reality show “America´s Next Top Model”.

A adição de Heather Kuzmich a um programa que normalmente seria superficial deu a milhões de telespectadores uma visão incomum e fascinante do mundo pouco compreendido do Asperger. O problema, considerado uma forma de autismo, caracteriza-se por interação social e habilidades de comunicação fora do comum.

Os "aspies", como as pessoas com a doença se auto-intitulam, com freqüência têm inteligência normal ou acima da média, mas têm problemas em fazer amigos e não têm a habilidade intuitiva para avaliar situações sociais. Elas também não conseguem fazer contato olhando nos olhos de outra pessoa e com freqüência apresentam uma fixação em alguma idéia, algo que pode acabar se tornando bizarro ou brilhante. Por definição, as pessoas com Asperger estão fora do comum. Continua...

Leia toda a reportagem em:

http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL209708-7084,00.html

7 de dezembro de 2007

Smed abre Conversações Internacionais na segunda-feira

As "Conversações internacionais: composições do pensamento educacional" serão abertas na próxima segunda-feira, 10, às 18h, no Pavilhão 1 da cidade de lona montada pela Secretaria Municipal de Educação (Smed) no Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Na ocasião, os dez conferencistas convidados serão recebidos pelo prefeito José Fogaça e pela secretária de Educação, Marilú Medeiros, em uma sala-de-estar. Na coordenação geral do evento, Teresinha Xavier destaca que a proposta de abertura foge do modelo tradicional. “Prefeito, secretária e conferencistas estarão em uma interação dinâmica, que é uma proposta inovadora de conversações", adianta.
Na sala-de-estar, anfitriões, convidados e público assistirão à performance de alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental José Loureiro da Silva e do grupo de sapateado Étoile. Juntos, alunos e dançarinos do Étoile apresentarão o espetáculo ‘‘Composições, pensamento e vida". Na seqüência, alunos das Emefs Dolores Alcaraz Caldas, Nossa Senhora de Fátima e da Escola de Educação Infantil dos Municipários Tio Barnabé farão apresentações de ballet, rap e percussão.
"É na prática que estamos buscando operar transformações, que se mostrarão, no evento, como um acontecimento de fronteiras do pensamento”, afirma a secretária municipal de Educação, Marilú Medeiros. “Filósofos e pensadores que vêm nos auxiliando a dar passagem a conceitos filosóficos na prática cotidiana, estarão presentes para conversar com professores e alunos”, ressalta.
O evento promovido pela Smed prosseguirá até quinta-feira, 13, oportunizando amplo diálogo entre as 92 escolas da rede municipal de Ensino e a cidade. As atividades das conversações ocorrerão, das 8h30 às 22h, reunidas em momentos intitulados Conversações, Experimentações e Exposições.

Programação
Nas conversações temáticas, na terça-feira, 11, pela manhã, nove conferencistas farão palestras simultâneas sobre diferentes temáticas, como inclusão, constituição da infância, políticas públicas, modos de governo, educação de surdos, arte, escrita e vida e música. À tarde, a partir das 14h, Gabriel, O Pensador falará sobre sua produção literária, fazendo uma interlocução com a música, no pavilhão 1 da cidade de lona. Na mesma tarde e à noite, nas Experimentações, professores da rede municipal de Ensino farão relatos de projetos e vivências e ministrarão oficinas.
O público também conhecerá, nas Exposições, durante todo o evento, o trabalho em artes visuais desenvolvido nas escolas públicas municipais de Porto Alegre. Nos dias 12 e 13, nos três turnos, o espaço Expressões será palco para que alunos de diferentes escolas mostrem suas vivências e produções nas diferentes áreas e linguagens, como teatro, dança, música, contação de histórias, rádio, jornal, artesanato, culinária, línguas estrangeiras e educação ambiental.
Programação completa do evento, currículo dos conferencistas e outras informações sobre as "Conversações Internacionais: Composições do Pensamento Educacional" estão no site
http://www.conversacoesinternacionais.com.br.

Educação Visual Precoce

A professora Marize esteve em nossa escola, assessorando as professoras Carla e Amelia no mês de agosto de 2007. Na ocasião, foi examinado o aluno Eduardo Antônio da Psicologia Inicial 2.

Marize é professora especializada em Educação Visual Precoce, e trabalha, juntamente com Elza, na sede da UCERGS (União de Cegos do Rio Grande do Sul) – Rua Frei Henrique Golland Trindade, 425, bairro Boa Vista.

E Educação Visual Precoce é o serviço oferecido a crianças de zero a seis anos de idade com deficiência visual (cegas ou com baixa visão), tendo outras deficiências associadas ou não.

Este trabalho visa à inclusão das crianças em seu meio social através do brincar e de experiências de vida diária, buscando a ampliação das possibilidades de aprender e potencializando os sentidos remanescentes.

Os profissionais deste serviço orientam as famílias sobre a deficiência visual, apoiando-as na construção de melhores condições de aprendizagem para essas crianças.

Contato para informações:

* Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre
Território de Educação Especial
Rua dos Andradas, 680/sala 901
Fone: 3289 1827 – 3289 1828

* União dos cegos do Rio Grande do Sul – UCERGS
Rua Frei Henrique Golland Trindade, 425 – Boa Vista
Fone: 3328 1644

Educação Básica em discussão


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 7 DE DEZEMBRO DE 2007

Termina hoje, com a definição de propostas gaúchas, a Conferência Estadual da Educação Básica, que foi aberta quarta-feira (5), no prédio 14 da Ulbra/Canoas, numa iniciativa do Ministério da Educação (MEC). A proposta visa debater a Educação brasileira com todos os setores ligados à Educação Básica. Mesmo com a importância da discussão, a secretária de Estado, Mariza Abreu, não compareceu à conferência. 'Como se explica a ausência e a falta de compromisso da Secretaria de Estado responsável pela área?', questionou e criticou a deputada Marisa Formolo, presidente da Comissão de Educação da Assembléia Legislativa.O evento discute temas como o sistema nacional de Educação e o regime de colaboração entre governos. Estão sendo debatidos, ainda, o histórico da Educação no Estado e os sistemas de avaliação aplicados aos alunos gaúchos. A conferência estadual indicará delegados para a conferência nacional, que ocorrerá em abril de 2008, em Brasília.A vereadora Sofia Cavedon, da Comissão de Educação da Câmara da Capital, foi ontem debatedora, abordando gestão democrática de escolas e sistemas de Ensino, no Colóquio do Eixo II. Ela também coordenou a Mesa do Colóquio do Eixo IV – sobre o Ensino de pessoas com deficiência e altas habilidades. No encontro, encaminhou a representantes do MEC e à conferência, o documento das Escolas Especiais de Porto Alegre, que reivindica o cancelamento da proposta do governo federal que muda a caracterização de Escola para Centros de Atendimento, e integra a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva de Educação Inclusiva do MEC. A conferência termina hoje, com a plenária geral.

5 de dezembro de 2007

Conferência Estadual de Educação


Começou hoje na ULBRA a Conferência Estadual de Educação.

Estivemos lá para divulgar nosso movimento junto aos colegas do ensino regular e pedir seu apoio, no sentido de promoverem o debate da política do MEC para a educação especial dentro da Conferência.

Ficamos muito felizes de ver que os colegas, em geral, receberam com prazer o material que distribuímos e muitos paravam para conversar e obter mais informações sobre o assunto.

Nossa sugestão de que a inclusão responsável fizesse parte das discussões foi muita bem aceita.

Alguns delegados também ficaram responsáveis de procurar oportunidade de entregar a algumas autoridades presentes o documento e o abaixo assinado elaborado pelo Movimento em defesa das Escolas Especiais do Município de Porto Alegre.

4 de dezembro de 2007

Fala da prof. Cíntia na audiência pública

Ao cumprimentá-los, falo como professora de uma escola especial, local primeiro onde a educação inclusiva surgiu e começou a ser trabalhada.
Creio ser importante relembrar que a escola especial surgiu no intuito de dar conta de indivíduos que em razão de sua deficiência viviam à margem da sociedade. Inicialmente com o caráter clínico e com o objetivo de treinamento das habilidades básicas, ao constituir-se ESCOLA este espaço foi ao longo dos anos redefinindo seu papel.
Ao contrário do que diz o parágrafo 07 do documento preliminar com a política nacional na perspectiva de ed. inclusiva, apesar da escola especial ter sim se organizado “inicialmente de caráter caritativo determinando formas de atendimento clínico terapêutico fortemente ancorados nos testes psicométricos”, na atualidade revela que tais conceitos há muito não fazem parte deste universo escolar. Trabalham sim diferentemente de algumas escolas consideradas “comuns”, pois entendem que negar a deficiência atrás de um falso discurso de igualdade fere o direito à diversidade tão pronunciado atualmente.
A partir de um currículo adaptado às necessidades dos alunos, os conteúdos escolares são desenvolvidos com o objetivo de desenvolver a postura de pesquisadores, em que a busca por conhecimentos torne cada sujeito também responsável por suas aprendizagens. Em grupos menores, na escola especial temos a possibilidade de desenvolver projetos de real interesse dos alunos, acompanhar sua evolução e propor estratégias de superação para aqueles que necessitam de um olhar mais próximo e do estabelecimento de vínculos mais estreitos para tornarem-se sujeitos de sua aprendizagem.
Acreditamos que as intervenções pedagógicas realizadas devem levar em consideração as particularidades de cada indivíduo, com ou sem deficiência. É necessária uma avaliação educativa a partir dos aspectos globais do desenvolvimento de cada um: como esse aluno pensa, como aprende, como lida com o conhecimento; como, com quem e de que forma interage com pessoas e situações.
A partir daí, a organização de metas de trabalho para cada aluno e para a turma precisam oportunizar o aprendizado considerando o desenvolvimento de cada um e suas potencialidades, pois colocá-lo no lugar daquele que pode modifica sua relação com a escola e com o saber.
Sim, mas por que na escola especial e não na escola regular?. A nosso ver, esta é uma questão primordial quando falamos em inclusão: antes de legislações e normativas que determinam ser este ou aquele o melhor espaço, precisamos trabalhar para que a escola “comum” e também a escola especial possam ser um espaço verdadeiramente educativo, prazeroso e acolhedor para o aluno com deficiência, mas também para o hiperativo, para o negro, para o índio, para aquele com altas habilidades, enfim, para a criança, adolescente e adulto que antes de tudo é um aluno, aprendente e ensinante.
Conhecemos a legislação, mas também conhecemos nossos alunos e nossas escolas. Justamente por isso, não concordamos que a escola especial seja considerada substitutiva nem complementar, ela é mais um espaço escolar inclusivo. Não deve ser o único, mas também não pode ser negado. Precisamos sim oferecer aos alunos com necessidades especiais diferentes e diversas possibilidades e espaços em que possa desenvolver-se.

Gostaria de ilustrar tal questão com a história escolar relatada por um menino de 11 anos...
ANTES DE ESTUDAR NO ELYSEU, EU ESTUDAVA NO COLÉGIO X, COM A PROFESSORA W. LÁ EU BRINCAVA DE FUTEBOL, FAZIA A DATA NO CADERNO. EU FIQUEI BASTANTE TEMPO NO X.
EU SAÍ DO X PORQUE EU BRIGAVA MUITO COM OS GURIS LÁ. O PROFESSOR MARCO APARECEU LÁ, ANOTOU NUM PAPEL DESENHADO COM UM TREM. MANDOU EU DESENHAR MEU AVÔ, MINHA VÓ E MINHA TIA. DISSERAM QUE EU IA SAIR DE LÁ. NINGUÉM DO COLÉGIO ME DISSE NADA.
O VÔ DISSE QUE EU IA SAIR PORQUE BRIGAVA E DERRUBAVA OS OUTROS. O MARCO DISSE QUE ERA PRA MIM APRENDER A ESCREVER O NOME E OS NÚMEROS.
AÍ EU VIM PRA CÁ (ESCOLA ELYSEU). TINHA UMA PROFESSORA E UMA GURIAZINHA ME ESPERANDO NA PRIMEIRA SALA, ERA A ELIANA E A BRENDA. EU COMECEI A FAZER UNS TRABALHOS, ESCREVIA MEU NOME E TINHA INFORMÁTICA. A GENTE IA PRO RECREIO E NEM BRIGAVA. EU COMECEI A RECORTAR E COLAR E PINTAR. EU GOSTEI DE VIM PRA CÁ.

Dessa forma,
Qual foi o espaço inclusivo para esse menino?
Em que espaço pôde aprender, sentir-se acolhido, respeitado?
Hoje, esse menino lê e escreve, alfabetizou-se na escola especial, começa a construir textos cada vez com maior autonomia e complexidade. Assim como ele, há tantos outros com experiências semelhantes, hoje alunos que na escola especial descobriram que podem aprender, ou como me disse um menino, “não-burro”.
Assim, retomo minha fala inicial de que foi e continua sendo a escola especial importante espaço de inclusão. Somos totalmente a favor de que nossos alunos estejam em espaços educativos e educacionais, em escolas que contemplem suas necessidades e atendam suas demandas de conhecimento e inclusão social. Para cada aluno, o que necessita em determinado momento.
Como professores cujo principal objetivo é proporcionar formas e espaços de aprendizagem e inclusão tanto escolar quanto social para nossos alunos, colocamo-nos a inteira disposição no sentido de trabalhar buscando o melhor para cada um. Estamos convictos da necessidade atual da permanência da escola especial para aqueles que dela necessitarem não como centro de atendimento, mas como sua ESCOLA, assim como da necessidade de que a escola regular possa acolher e trabalhar com alunos com necessidades especiais não apenas desenvolvendo o convívio social mas proporcionando aprendizagens significativas para seu crescimento.
Como professoras e professores inclusivos que somos, estamos sempre dispostos a trabalhar pelo melhor para cada aluno. Estamos aqui para unir forças e contribuir na construção de uma sociedade inclusiva e de escolas que contemplem realmente a diversidade. Se uma legislação deve levar em conta o direito e o bem-estar das pessoas, deve partir de suas necessidades também, e estamos aqui para garantir que os maiores interessados, os alunos e suas famílias, possam ser considerados, suas necessidades atendidas e sua possibilidade de escolha respeitada.